22.12.11
Vilão
Entrou um passarinho dentro da minha casa. Era filhote, tadinho, e não conseguia sair sozinho. Depois de bater muito nas paredes e colunas, ficou no chão e deixou-se ser apanhado. Resgatado, já do lado de fora, arfava freneticamente buscando ar, buscando ressossego. Se eu fosse um desses escritores medíocres, diria que o passarinho olhava para mim com lindo agradecimento. Mas não sou, e portanto digo a verdade - o passarinho olhava como fosse eu o maior dos monstros!
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