3.5.10

Da tempestade e da garoa

Os amores platônicos têm um quê de coisa dramática que me parece ser insuperável quando comparado aos quês dramáticos das outras emoções. Parece que toda a vida gira em torno do objeto de desejo. Mas só quando é platônico - todo mundo sabe que assim que se consuma, a graça se perde. Deus me livre! Quero é amor de pé no chão, amor terreno. Quero é paz, não quero essa tempestade me perturbando! Porque depois da tempestade, vem a calmaria, e no que diz respeito à alma humana, a calmaria quase sempre é indiferença.

Quero viver assim, com esse amor garoa, pra sempre - ou pra sempre que puder.

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